Realizada por meio de financiamento coletivo, a tradicional Festa Junina do Minhocão aconteceu no domingo, dia 5 de julho, no Elevado Costa e Silva, na altura da rua Helvétia, das 10h às 21h. Pela primeira vez, o evento recebeu uma curadoria gastronômica, que fica a cargo do movimento Slow Food.

Entre as atividades previstas durante a festa, além de música e brincadeiras típicas de arraial, a quadrilha, oficinas e aulas práticas ministradas por associados do Slow Food, e uma feira de troca de sementes crioulas.

Esse ano a festa teve como tema “Livre de Transgênicos” e todas as receitas preparadas foi sem milho, já que mais de 80% de toda a safra dos grãos produzida no país é geneticamente modificada. As comidinhas incluíram quitutes como pipoca ou canjica de sagu, pamonha de mandioca, curau de abóbora, cuscuz de arroz, espetinhos variados, caldinho de feijão, buraco quente e pinhão, tudo vendido a preços acessíveis.

Já que não entrou nas receitas, o milho foi representado por diversas espécies crioulas, selvagens e não modificadas, enviadas por correio de varias regiões do Brasil, homenageadas em um altar na praça Marechal Deodoro. Às 12h, aconteceu uma bênção pública durante uma Celebração Ecumênica, com representantes de diversas etnias e religiões.

Sobre o Slow Food

Fundado por Carlo Petrini, na Itália, em 1986, o Slow Food é um movimento internacional sem fins lucrativos presente em mais de 150 países. Nasceu como um protesto contra o fast-food e a fast-life, onde tudo é padronizado.

Defende o alimento bom, ou seja, saboroso e de qualidade; limpo, que não prejudica o meio ambiente; e justo, em relação a condições de trabalho e remuneração dos produtores.

O Slow Food tem três grandes missões: defender a biodiversidade alimentar, difundir a educação do gosto e aproximar os agricultores dos consumidores através de eventos, iniciativas e projetos como a Arca do Gosto, o Terra Madre Day, o Disco Xepa e a Aliança dos Cozinheiros.

Texto original de Slow Food